“Nosferatu” (2024), dirigido por Robert Eggers, é uma releitura contemporânea do clássico filme de terror de 1922. Lançado na gringa no fim do ano e aqui no Brasil, logo nos primeiros dias de 2025.

Eggers que é conhecido por obras como “A Bruxa”, “O Farol” e “O Homem do Norte”, traz sua marca registrada de precisão histórica e atmosfera sombria para esta adaptação voraz e extremante obcecada por detalhes em sua ambientação do século XIX.

A trama é basicamente a mesma do original, ela segue Thomas Hutter (Nicholas Hoult), um agente imobiliário que viaja à Transilvânia para negociar com o enigmático Conde Orlok (Bill Skarsgård). Enquanto isso, sua esposa Ellen (Lily-Rose Depp) é atormentada por visões perturbadoras que pressagiam o encontro com Orlok. A narrativa explora temas de obsessão, medo e a luta entre o bem e o mal.

Ao viajar para o seu destino, coisas incompreensíveis começam a acontecer ao mesmo tempo que sua noiva passa a ter suas visões perturbadoras ainda mais intensificadas, a crítica internacional tem elogiado a direção de Eggers e a atmosfera do filme. O Financial Times destaca que Eggers combina a escala épica de “O Homem do Norte” com elementos psicológicos, focando na relação entre Ellen e Orlok. A cinematografia é descrita como gótica, com uso de cores desaturadas e neblina constante, criando um ambiente sombrio e envolvente. Ainda a esse respeito a atuação de Bill Skarsgård como Conde Orlok tem recebido atenção especial. Sua interpretação afasta-se da imagem tradicionalmente sedutora dos vampiros, apresentando-nos a um ser grotesco e repulsivo.

A Vulture observa que Skarsgård encarna um Nosferatu com pele acinzentada, feridas abertas e unhas curvas, enfatizando a natureza monstruosa do personagem enquanto a Lily-Rose Depp, como Ellen, entrega uma performance intensa, retratando uma mulher atormentada por visões e pela presença de Orlok. Sua atuação tem sido destacada por sua profundidade emocional e capacidade de transmitir vulnerabilidade e força. No entanto, algumas críticas apontam que, apesar dos visuais impressionantes, o filme pode deixar o público distante devido ao seu estilo narrativo e diálogos estilizados. A Associated Press menciona que, embora o filme ofereça uma experiência de horror arrepiante, pode não agradar a todos os espectadores, especialmente aqueles que preferem uma abordagem mais tradicional do gênero.

No Brasil, as opiniões também são variadas. O site CinePOP elogia “Nosferatu” como uma carta de amor ao terror gótico, destacando a atmosfera angustiante e as performances do elenco. A crítica ressalta a habilidade de Eggers em criar uma ambientação psicológica que mantém o público tenso ao longo do filme.

Por outro lado, o Curitiba Cult aponta que, apesar dos visuais deslumbrantes, o filme não traz muitas novidades em relação ao original, considerando-o mediano dentro da filmografia de Eggers. A crítica sugere que o diretor poderia ter explorado novos temas ou abordagens para diferenciar esta adaptação das anteriores.

Em resumo, “Nosferatu” (2024) é uma adaptação visualmente impressionante que combina a estética gótica com a visão única de Robert Eggers. Embora tenha recebido elogios por sua atmosfera e performances, especialmente de Skarsgård e Depp, algumas críticas apontam para uma falta de inovação na narrativa. Ainda assim, o filme oferece uma experiência envolvente para os fãs de terror gótico e do trabalho de Eggers. Para quem já possui uma queda pela qualidade de trabalho de Eggers (pelos projetos anteriores), como é o meu caso, o filme se torna o mais incrível dos seus trabalhos. O filme enche os olhos nos faz ficar ansiosos e conhecer o próximo trabalho do diretor.

Realmente, 2025 não poderia ter começado mais aterrorizante e incrível!!

Resposta a “NOSFERATU (2024)”.

  1. […] 20 de janeiro de 2025 NOSFERATU (2024) […]

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